Psicoterapêuta Uberlândia
Num processo psicoterápico a competência do psicoterapeuta em exercer adequadamente seu papel e com esmero, é de fundamental importância para o êxito do processo.
Considero de sumo valor o papel da aliança terapêutica, pois se há uma relação psicólogo-paciente bem fundamentada em empatia, confiança, compreensão e respeito, há maior fluidez no trabalho. Uma relação sempre é constituída de, no mínimo, duas pessoas, neste caso, terapeuta e paciente. Porém, é de responsabilidade do terapeuta propiciar um encontro sólido, consistente, protegido e empático, e não, vice-versa.
Assim, importante se faz que o psicoterapeuta tenha bem claro que é preciso estar inteiro nessa relação durante os minutos da sessão, dedicando-se à demanda do cliente, sendo receptivo, caloroso (sem ser invasivo ou abusivo), respeitando a história, a queixa, a dor desse ser humano. É preciso gerar nessa pessoa a confiança que ela precisa ter para expor sua história, sua intimidade, suas relações. Isso é um processo que depende de cada cliente (uns com maior facilidade do que outros), porém é nosso dever como profissional facilitar esses encontros, através de nossa postura.
Outro ponto que gostaria de destacar no âmbito da competência do terapeuta, é a habilidade que o mesmo deve ter em propiciar a psicoeducação nas sessões, propiciando mais segurança e confiança ao cliente, e ao longo de todo o processo, ensinando e encorajando-o a ser seu próprio terapeuta.
Enfatizando assim, o principio da colaboratividade, tornando o processo mais ágil e eficaz, além de proporcionar conhecimentos ao paciente para monitorar e evitar recaídas.
Além disto, trabalhar com a TCC é trabalhar com o foco no aqui e agora, nos problemas atuais, porém nunca esquecendo que cada pessoa tem suas demandas e necessidades. Então, o terapeuta deve ter sensibilidade para entrar na história do cliente quando o processo focado em problemas atuais não for frutífero, trouxer pouca demanda, ou mesmo quando for uma necessidade eminente da própria pessoa que se remete aos fatos passados. A história de vida do paciente é muito importante para entender quando e como os pensamentos e crenças disfuncionais foram surgindo, e como impactaram a vida passada e presente do indivíduo. Esse princípio de trabalhar sobre foco e metas colabora para ser um processo mais curto, de tempo razoavelmente limitado, lembrando aqui, que é necessário avaliar o tempo de duração de cada processo de acordo com a demanda apresentada de cada caso.
Outro ponto muito relevante sobre a competência do profissional que trabalha com terapia cognitivo comportamental é a habilidade em utilizar as técnicas no momento certo, de maneira contextualizada. Jamais a técnica deve vir à frente do paciente. Caso contrário, a terapia corre o risco de virar uma simples, vazia e confusa aplicação de técnicas.